Arquivo do mês: maio 2011

Modelo e Conhecimento Científico

O que é modelo para você? 

 A ciência propõe modelos científicos para explicar a realidade. Porém quem poderia chamar de verdade absoluta o conhecimento científico?

 Segundo Aristóteles (aproximadamente 350 anos antes de Cristo) dizia que o conhecimento só se dá de maneira absoluta quando sabemos qual a causa que produziu o fenômeno e o motivo, porque não pode ser de outro modo; é o saber através da demonstração.

 Suponha que hoje é seu aniversário e você ganhou uma linda caixa de presente. Seu amigo quer que você adivinhe 😉

 No primeiro momento você observa o tamanho e pode segurar a caixa. Então… você acha que acertaria em cheio exatamente o presente colocado dentro da caixa? O tamanho, a textura, a forma e todas as suas características?

 E se agora você pudesse movimentar a caixa? Com mais recursos não chegaria a um resultado mais preciso?

 O ponto que quero chegar é que projetamos uma idéia a partir daquilo que já conhecemos e que seja adequado ao cenário e a época.

 Um modelo científico para ser válido deve explicar claramente, ser passível de demonstração, reproduzível e universal.

Os modelos são superados com o avanço da tecnologia, ou seja, particularidades que não puderam ser observadas com a instrumentação disponível, com tecnologias mais avançadas, podem ser explicadas.

 É tendo essa visão crítica de que a ciência se supera a cada instante, que vamos compreender a estrutura atômica a partir dos modelos atômicos. A inferência quanto a estrutura atômica está relacionada  com o efeito observado (nas experiências…) e os recursos tecnológicos (física clássica, física quântica…) disponíveis para explicar esse fenômeno. É partindo do princípio da causalidade que chegamos à explicação do fenômeno. Mas a observação da coisa em si não acontece.

 A Filosofia Kantiana (Immanuel ♫ Kant  ♪ 1724-1804) nos alerta que é necessário ser um pensador crítico que suporte o impacto pelo “desespero da verdade”, já que o mundo em si não é conhecido e só inferimos sobre a causalidade dos fenômenos que podemos observar. Sobre esse aspecto um texto sobre a “crise de Kant”  quanto  a  teoria do conhecimento,  nos permite retomar a pergunta: quem poderia chamar de verdade absoluta o conhecimento científico?

 “Se todos vissem o mundo por meio de lentes verdes, eles seriam forçados a     julgar que tudo o que viam era verde, e nunca  poderiam  estar seguros de que seus olhos vêem as coisas como elas  realmente são, ou se não estariam         acrescentando algo de si próprios ao que vêem.  E o mesmo acontece com o       nosso intelecto.  Nunca  podemos estar   seguros de que o que chamamos de verdade é realmente verdade, ou se apenas parece sê-lo para nós. Se apenas    parece, tudo é uma luta em vão …

rsrsrs… não entre em crise você também!

 Atualmente, a ciência é entendida como uma busca constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de seus resultados, apesar de sua falibilidade e de seus limites.

 Nessa busca sempre mais rigorosa, a ciência pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos que proporcionem controle, sistematização, revisão e segurança maior do que possuem outras formas de saber não-científicas. A ciência é um processo em construção.

 Agora que compreendemos de forma crítica o que representa o modelo, vamos seguir com os modelos atômicos e entender a estrutura atômica.

 E posteriormente a completa integração entre um dos postulados do modelo quantizado de Bohr e a emissão de luz (química das cores).

 Até o próximo post 😉